quinta-feira, 25 de junho de 2009

Fatum


Ontem à noite estava a ver uma série de televisão, sem prestar muita atenção, até que um diálogo entre duas personagens me fez despertar dos meus pensamentos. Uma perguntava à outra porque é que o Universo goza connosco e a outra respondeu que talvez ele se sentisse inseguro. E eu pus-me a pensar, de facto as pessoas tendem a fazer os outros se sentirem mal quando não se sentem seguros. Ou quando não percebem ou não aceitam algo.


E será verdade que o Universo conspira contra ou a favor de nós? A imagem mental que me chega é a da mitologia grega, das moiras tecedeiras do destino, com os fios das nossas vidas entrelaçados nas mãos, cruzando-os com os outros e depois, sem nos darmos de conta, cortando-nos abruptamente.


Sempre acreditei que a nossa vida estava escrita algures, eu sei, algumas pessoas não concordam com isto, mas é a minha opinião. Acho que existe um rumo que temos de seguir e por mais desvios que façamos o final será sempre o mesmo.


Se é injusto que seja assim? Se é triste? Sim, talvez seja! Se me aborrece a ideia que existe algo ou alguém que brinca com as nossas vidas como bonecos? Sim muitíssimo. Mas não fui eu que inventei as regras, vivo de acordo com elas e cada vez que me tento revoltar, cortam-me as pernas.


E ao contrário do que tu afirmas, meu amigo, que as coisas não morrem apenas se transformam, existem coisas que morrem e que devem ficar enterradas para sempre, porque existem feridas que nunca se curam. E sofrimentos que se superam mas que nunca se perdoam.
Bye-Bye

O Raspa

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