quarta-feira, 6 de novembro de 2013


Ontem à tarde quando cheguei a casa e enquanto espera o seu regresso, sentei-me na minha cama e olhei à volta. Numa semana a minha vida mudou, o meu quarto estéril e frio ganhou vida, de repente a minha vida roçou na dele, como se fosse a coisa mais natural do Mundo, como se o seu lugar tivesse sido sempre ali.

Por um momento deixei-me levar pelo seu perfume que anda sempre pelo ar, que faz a minha boca encher-se de água, toquei carinhosamente as suas roupas e aspirei o seu cheiro, passo a mão pelas suas coisas, querendo reter um pouco de si em mim só por mais um instante. Como é bela a visão das suas roupas misturadas com as minhas… Como se todo o Universo naquele mesmo instante conspirasse a seu favor me dando a certeza que finalmente ele chegou, que é meu…

Como eu amo este homem… Sim, por mais impulsivo e precoce que seja esta noção, porque o amor constrói-se com o tempo… Mas existem tantos e diversos tipos de amor, que chamar de outra coisa qualquer aquilo que sinto seria redutor. E eu sei que a vida e as relações são uma aprendizagem, que nunca se sabe o que virá ou se até durará… Mas naquele instante, naquele pequeno momento mágico, eu amei-o e ele amou-me…

E tal como uma brisa fria de Inverno, a dor tocou o meu coração, e o medo, esse tirano, sussurra ao ouvido… E eu voltei à realidade… Em breve o meu quarto estará despido de cor, a minha vida encher-se-á de suspiros e saudades… Se eu lhe pudesse fazer ver que por detrás de todas as minhas inseguranças, está uma vontade férrea de estar ao seu lado, enquanto ele me quiser, que se me pedisse eu o seguiria até ao fim do Mundo…

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